segunda-feira, 18 de abril de 2011

Observadores - Revelações, Trânsitos e Distâncias


Um novo percurso pela colecção Berardo


A exposição “Observadores – Revelações, Trânsitos e Distâncias”, um novo percurso pela Colecção Berardo, tem como ideia orientadora “considerar o lugar do sujeito/espectador na sua afinidade com o objecto artístico”, à luz do “paradoxo do espectador” - enunciado pelo filósofo francês Jacques Rancière no livro “O Espectador Emancipado” (1). Segundo Rancière, “não há teatro sem espectador”, uma afirmação que também se aplica às artes visuais.

Cerca de uma centena de obras de artistas nacionais e estrangeiros, entre valores consagrados e outros mais jovens, integram os de seis núcleos temáticos que exploram o “paradoxo do espectador” nas artes visuais: Humanos; Objeto para para Ser Construído; Do Quotidiano; Conceito Espacial; Paisagem Negra; The Show Must Go On.

Sem condicionantes cronológicas nem geográficas, a exposição inclui obras de Pablo Picasso, Marcel Duchamp, Kurt Schwitters, Max Ernest, Claes Oldenburg, Frank Stella, Robert Mangold, Yves Klein, ... e obras de Damien Deroubaix, Mariko Mori, Julião Sarmento, João Maria Gusmão e Pedro Paiva – estes com a interessante instalação “Horizonte de Acontecimentos” (2008), de grande sentido cénico.

A exposição decorre no Centro de Exposições do Centro Cultural de Belém, piso -1, até 29 de Maio 2011.


Marcel Duchamp, "Boîte (Série C)", 1958, cartão, madeira, papel, tecido, cerâmica, vidro e plástico.


Kurt Schwitters, "Rudol #333", 1939, lápis e colagem sobre papel de embrulho


Pablo Picasso, "Femme dans un Fauteuil", 1929


Frank Stella, "Severambia", 1995, técnica mista sobre fibra de vidro



Alexandre Farto, #15 (Série Empety Faces), 2008, posters de rua colados em layer, tinta branca


Robert Mangold


Edward Kienholz, "Drawing for the Soup Course at the She She Café", 1982


George Segal, "Flesh Nude Behind Brown Door", 1978


Vista parcial da exposição


Helena Almeida, s/título, 1996-97, fotografia a preto e branco
Anselm Kieffer, "Elisabeth von Österreich", 1991, técnica mista e objectos de chumbo montados em madeira



Damien Deroubaix, "World Downfall", 2007, aguarela, acrílico e colagem sobre papel


Obra de Joana Vasconcelos,na entrada do Centro de Exposições - Museu Colecção Berardo, uma das duas peças em forma de castiçal ou candelabro, com 7 metros de altura, intituladas "Nectar" - estruturas de ferro com garrafas de vidro verde iluminadas.

(1)- Jacques Rancière, “O Espectador Emancipado”, Orfeu Negro, Lisboa, 2010.

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